Por que decidi começar um blog aos 27 anos e agora que ele está praticamente fora de moda? Me sinto comprando um videocassete em 2010.
Pois é. Nem sei por quê. Bem, talvez até saiba. Vamos ver.
1- Conexão à Internet. Por mais jurássico que isso soe, só tenho conexão de banda larga há pouco mais de um mês. Longa história de exclusão digital. Agora dá pra acessar o mundo virtual e interagir com ele, então, por que não?
2- Prazer em escrever. Data de muito tempo meu gosto por palavras. Antes de eu querer ser qualquer coisa da vida, eu quis ser escritor. Depois, o senso de responsabilidade (que, se um dia se personificar, eu mato) me levou por outros caminhos. Que igualmente não deram em porcaria nenhuma. Quem sabe a disciplina de escrever com uma freqüência, digamos, semanal me resgate algo de anos de atrofia lingüística;
3- Algo a dizer, ninguém para ouvir. Não adianta, eu tenho um zilhão de idéias e teorias e reflexões por dia a respeito de praticamente qualquer coisa que eu veja e elas ficam zunindo na minha cabeça. E para não atormentar interlocutores que me cercam – que provavelmente não estão com disposição para meus devaneios – escreverei. Na fortuita ocasião de alguém estar interessado poderá ler. E, de repente, entrar na discussão, por que não?
4- Layout diferente. Enquanto ajudava a Carina a criar
o novo blog dela, me deparei com a infinidade de templates para blog disponível. Quando vislumbrei a possibilidade, me apaixonei e pensei: “Preciso fazer algo com isso!”
Acho que é isso. Ah, e também “blog” é uma palavra muito legal, né? Pô, se alguém me dissesse quando criança “Quando você crescer, você vai ter um blog só seu!”, eu iria pirar, mesmo sem saber o que era. De certo, eu esperaria que fosse um filhote de alienígena (“Vem, Blog, vem!”). E teria uma frustração tardia. E escreveria sobre isso no meu blog.